Águia-pesqueira - Osprey

Pandion haliaetus

ORDEM: Ciconiiformes
FAMÍLIA: Pandionidae
GÉNERO: Pandion
ESPÉCIE: P. haliaetus
A Águia-pesqueira é uma ave de rapina de grande porte, com asas compridas e estreitas. Muitas vezes, quando avistada a longa distância confundida com uma grande gaivota. É facilmente reconhecida pela sua plumagem castanha nas regiões superiores, contrastando com as zonas inferiores esbranquiçadas; a superfície ventral das asas apresenta um padrão constante acastanhado, com as “axilas” brancas. A cabeça é branca e os olhos amarelos com uma lista ocular castanho-escuro. No pescoço é visível um colar formado por finas riscas verticais de cor escura. A cauda é barrada, de cor castanha. A fêma posssui uma banda no peito, mais óbvia que o macho. Morfologicamente está especialmente adaptada ao tipo de alimentação, que é quase em exclusividade, peixe: patas grandes e fortes, garras longas e curvadas, superfície inferior dos dedos coberta por pequenos espinhos e o dedo exterior reversível.
Esta espécie encontra-se normalmente associada a zonas húmidas de média ou grande dimensão, águas doces, salobras ou salgadas. Na faixa litoral frequenta essencialmente zonas costeiras, estuários e lagoas, enquanto no interior surge em barragens, açudes e cursos de água.A população mediterrânea é estritamente costeira, mas noutras zonas da Europa, nidifica no interior, perto de lagos, lagoas ou rios. Esta foto foi feita em Setembro de 2007, no Estuário do Cávado, mas tem sido avistada nesta altura do ano, desde há uns 4 anos a esta parte.
O alimento é obtido debaixo de água, mergulhando a partir de uma altura variável, desde os 5 até aos 70 m. Mantém uma posição no ar enquanto procuram a presa, peneirando ou planando, lançando-se de seguida com uma inclinação de cerca de 45º, capturando-a com as patas esticadas para a frente.
Esta espécie tem o estatuto de vertebrado em perigo de extinção. Está, desde há uma década, extinta em Portugal como reprodutora.
As principais razões que levaram ao declínio desta espécie têm a ver sobretudo com a perseguição, a perturbação e a perda de locais de reprodução, mas igualmente com a poluição das águas. Também em Portugal a perseguição directa e a perturbação dos locais de nidificação parecem ter conduzido à diminuição da população reprodutora.
Temos o previlégio de a irmos avistando por aqui... Por enquanto...
(Fotografado em 19.09.2007)
(Localização: 41°30'41.21"N - 8°45'58.74"O)
Espécie 32
CR