Andorinha-dos-beirais

Delichon urbica

Ave colonial que chega ao nosso território no início da Primavera depois de passar o Inverno em África.
Reproduz-se em cidades, vilas e quintas e tem uma perdileção especial por habitações, usando também, por vezes, os penhascos para se reproduzirem.
O ninho é feito de lama, fechado e convexo, edificado em vigas de pontes, beirais, etc. Há registos de ninhos feitos em ferryboats, ignorando assim o seu movimento.
Nas áreas naturais constrói os ninhos em superfícies rochosas, fendas ou precipícios de montanhas.
Caça insectos por vezes a grande altitude.
(Fotografado em:27.03.2012)
Espécie 181

Narceja

Gallinago gallinago
Esta limícola muito malhada e sempre muito bem camuflada,  reproduz-se em pântanos, prados húmidos de vegetação rasteira densa e lodaçais.
Faz o ninho muito bem disfarçado no meio da vegetação, e faz uma ou duas posturas por ano, entre Abril e Maio, com 4 ovos e incubação de 18 a 20 dias.
Alimenta-se de vermes e insectos.
(Fotografado em:11.11.2011)
Espécie 180

Ostraceiro

Haematopus ostralegus
Ave grande que se reproduz nas costas abertas e planas.
Alimenta-se de moluscos e minhocas, bivalves, mexilhões e até insectos, que captura nas zonas descobertas pela maré ou em terrenos abertos do interior até 20 Km da costa. Tem o bico adaptado para abrir os bivalves.
O ninho é uma depressão no solo arenoso ou de seixos e rochas, faz uma postura entre Abril e Junho, com 3 ovos e incubação de 24 a 27 dias.
(Fotografado em:11.09.2011)
Espécie 179

Falcão-peregrino

Falco peregrinus

Este falcão grande e robusto, devido ao uso de pesticidas e à perseguição, sofreu um grande declínio há alguns anos atrás, inclusivé a extinção em algumas regiões. Felizmente nos últimos anos tem vindo a recuperar.
É o animal mais rápido do planeta, tendo sido já medida a sua velocidade muito perto dos 400 Km/h, lançado de um balão de ar quente.
A sua reprodução é feita em escarpas íngremes na montanha ou na costa, em penhascos de baixa altitude e por vezes no solo.
No Inverno frequenta estuários descansando no solo ou em pequenas elevações do terreno.
A sua postura ocorre entre Abril e Junho, com 3 a 4 ovos. A incubação tem a duração de 28 a 29 dias, e as crias fazem o seu primeiro voo entre os 35 e os 42 dias.
Alimenta-se de aves.
(Fotografado em: 22.12.2011)
Espécie 178

Airo

Uria aalge
Ave marinha que nada e mergulha ao largo e frequentemente a grandes distâncias da costa. Normalmente em grande bandos, vão a terra para a reprodução ou para se refugiar de tempestades.
Nidificam normalmente em grandes colónias em saliências de falésias íngremes.
Fazem uma postura por ano, com um ovo em forma de pêra, para evitar que o ovo role e caia da saliência. As crias saltam para a água quando atingem as 3 semanas de vida mesmo antes de terem adquirido penas. Só o macho se ocupa da cria no mar.
Aliementam-se de peixe, crustáceos e moluscos.
(Fotografado em: 26.12.2011)
Espécie 177

Salamandra-de-pintas-amarelas

Salamandra salamandra
Urodelo que se distingue bem das outras espécies pelas suas vistosas manchas amarelas, pode atingir os 170mm de comprimento.
Tem hábitos nocturnos, sedentários e totalmente terrestres, apenas procurando os meios aquáticos para reprodução.
Alimenta-se de invertebrados terrestres.
A sua principal forma de defesa é a secreção de substâncias tóxicas através das glândulas cutâneas pricipalmente das glândulas parótidas.
Esta toxicidade é revelada pelas suas manchas amarelo vivo sobre o fundo escuro. Podem, às vezes, adoptar uma posição de defesa, baixando a cabeça e arqueando o corpo, salientando assim as suas cores e as parótidas.
(Fotografado em: 03.12.2011)
Espécie 176

Cobra-rateira

Malpon monspessulanus

É o maior dos ofídios da nossa herptofauna (nestas imagens um juvenil), podendo atingir os dois metros de comprimento.
De hábitos tipicamente diurnos, no verão pode manter actividade crepuscular. Hiberna e no Sul pode também apresentar um período de estivação.
Escolhe habitats muito variados como bosques de carvalhos, pinhais arenosos e zonas agrícolas, áreas pedegrosas abertas, jardins e ruínas.
Variando com a idade, a sua alimentação enquanto juvenil é sobretudo à base de insectos evoluindo para as lagartixas. Os adultos variam a deita entre outras cobras, pequenos roedores e crias de aves. Os indivíduos de maior porte também se podem alimentar de juvenis de Coelho-bravo e Sardões adultos.
Usa como principal mecanismo de defesa a fuga podendo, no entanto, tornar-se agressiva erguendo a cabeça, soprando e até pode chegar a morder.
Apesar de produzir um forte veneno com características neurotóxicas não é perigosa para o homem, pois trata-se de uma espécie opistoglifa (possui um tipo de dentição cujos dentes inoculadores de veneno se encontram na parte posterior do maxilar superior).
(Fotografado em: 03.12.2011)
Espécie 175

Toutinegra-do-mato

Sylvia undata
Pequena e muito pouco tímida, apesar de furtiva, esta ave habita na vegetação arbustiva densa e por vezes em pinhais ou carvalhais abertos com urzes e tojo.
Nidifica na base de moitas e faz uma, por vezes duas, posturas, entre Abril e Junho.
As crias são indefesas e nuas.
Alimenta-se de insectos.
(Fotografado em: 27.12.2011)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 174

Rouxinol-bravo

Cettia cetti














Este mau registo serve para ilustrar mais uma espécie.
Ave pequena, tipo felosa, muito furtiva, reside no meio da vegetação baixa e densa, na orla de caniçais e sempre ladeado de água.
Nidifica no interior de vegetação densa e faz uma postura entre Abril e Maio. A incubação tem a duração de 16 dias e as crias são indefesas e penugentas.
Alimenta-se de insectos e sementes.
(Fotografado em: 12.09.2011)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)
Espécie 173

Gralha-preta

Curvus corone
 
Ave tipo corvo que habita preferencialmente em cidades, estuários e bosques, com comprimento entre os 45 e os 49 cm.
Alimenta-se de carne morta, ovos, aves, vermes e cereais.
Constrói o ninho no topo das árvores e faz uma postura por ano entre Março e Maio. 
A incubação tem a duração de 18 a 20 dias e as crias, indefesas e penugentas, efectuam o seu primeiro voo às 4 ou 5 primeiras semanas de vida.
(Fotografado em: 12.09.2011)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 172

Ibis-preta

(Plegadis falcinellus)

 
Apesar de ser uma ave Residente em Portugal, no Inverno a sua população sofre sempre um aumento.
No norte mais rara, não é a primeira vez que são observados alguns indivíduos no estuário do Cávado.
É uma ave grande, com comprimento que varia entre os 55 cm e os 65 cm e envergadura que pode chegar aos 105 cm.
Reproduz-se em colónias em pântanos de pouca vegetação e profundidade. Nidifica em árvores ou caniços.
Faz uma postura entre Maio e Junho, com 3 a 4 ovos, e incubação de 21 dias.
As crias, semi-indefesas e penugentas, fazem o seu primeiro voo aos 40 dias.
Alimenta-se de insectos, moluscos e anfíbios.
(Fotografado em: 01.10.2011)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 171

Perna-vermelha-bastardo

(Tringa erythropus)














Migradora de Passagem, com cerca de 29 cm de comprimento e 50 de envergadura, esta ave reproduz-se em pântanos de água doce e estuários.
Nidifica no solo, numa pequena cavidade, e faz uma postura entre Maio e Junho.
Alimenta-se de moluscos e crustáceos.
Esta é mais uma das aves que nesta altura do ano se serve do estuário do Cávado para descansar e para se alimentar, durante as sua viagem de migração.
(Fotografado em: 04.09.2011)
Espécie 170

Pilrito-de-bico-comprido

Calidris ferruginea
 
Migradora de Passagem, esta ave que se reproduz na Sibéria, inverna principalmente em África.
O seu habitat são os pântanos de água doce e o litoral (estuários e costa), vivendo em bandos normalmente associados ao Pilrito-de-peito-preto.
O ninho é uma cavidade no solo e faz uma postura entre Junho e Julho, com 3 a 4 ovos. As crias são activas.
Alimenta-se de insectos, crustáceos e moluscos.
(Fotografado em: 31.08.2011)
Espécie 169

Vison-americano

Mustela vison
O visão-americano, também conhecido como vison, é um pequeno carnívoro pertencente à Família dos Mustelídeos...
O comprimento total do corpo varia entre os 30 e 47cm e a cauda entre os 13 a 23 cm (sendo os machos ligeiramente maiores do que as fêmeas). Os machos pesam quase o dobro das fêmeas (de 0.68 a 2.3kg os machos e de 0.79 a 1.09 kg as fêmeas).
Pode-se confundir com o visão-europeu (que não existe em Portugal), que é normalmente mais pequeno do que o americano e que para além de ter o queixo e garganta brancos, tem também o lábio superior desta cor.
Foi deliberadamente introduzido em muitos locais da antiga União Soviética. No resto da Europa, fugas de cativeiro fizeram com que se estabelecessem populações viáveis no Oeste da Islândia, em grande parte das ilhas Britânicas, na Escandinávia e existindo núcleos populacionais em Portugal, Espanha, França, Bélgica e Holanda. Actualmente na Europa esta espécie está em expansão.
Em Portugal pensa-se que terá sido introduzido há menos de 50 anos... Parece ser uma espécie pouco abundante no nosso País, mas a população aparenta estar em crescimento.
Prefere florestas e matos aluviais muito húmidos. Vive assim perto de riachos, lagos, pântanos e paúis, mas também pode habitar zonas costeiras (normalmente rochosas) e estuários. Prefere zonas de vegetação densa. Geralmente ocupa as tocas de outros animais, mas também pode escavar o seu abrigo. Estes costumam ser em buracos de troncos, debaixo de raízes de árvores ou pedras e em fendas entre as rochas.
É um predador oportunista e consome as presas mais abundantes e acessíveis. 
Alimenta-se principalmente de pequenos mamíferos, peixes, anfíbios, répteis e lagostins. Também se alimenta de insectos, vermes e pequenas aves. No Verão e no Outono, o lagostim parece ser um item alimentar bastante importante.
O acasalamento ocorre de Fevereiro a Abril, ocorrendo os nascimentos nos finais de Abril e durante Maio. Esta espécie, tal como a maioria dos mustelídeos, possui ovo-implantação retardada tendo as fêmeas uma ninhada por ano. A gestação total varia entre os 45 e os 70 dias, sendo a verdadeira de 28 a 33 dias. Nascem geralmente entre 4 e 6 crias por ninhada e os cuidados parentais são dados exclusivamente pela fêmea. O desmame acontece entre as 5 e as 6 semanas de vida e a saída das tocas e primeiras caçadas verificam-se entre as 7 e 8 semanas. No Outono, os juvenis separam-se da mãe.
As fêmeas são sexualmente maturas aos 12 meses e os machos aos 18. Em cativeiro vive entre 8 e 10 anos, mas na natureza costuma viver menos tempo.
Trata-se de um animal geralmente solitário, que só procura os seus congéneres para se reproduzir. É principalmente nocturno e crepuscular, mas pode por vezes estar activo durante o dia. Concentra a sua actividade ao longo dos cursos de água e os seus territórios têm entre 1 a 6 Km de extensão. Por noite pode deslocar-se até 25 Km para procurar comida. É um excelente nadador, pode mergulhar até profundidades de 5 a 6 m e nadar debaixo de água até distâncias de 30m.
in "http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=55&cid=3745&bl=1&viewall=true"

(Fotografado em: 22.08.2011)
Espécie 168

Zarro-comum

Aythya ferina 
Ave com 52 a 49 cm de comprimento e 67 a 75 cm de envergadura, que se reproduz em lagos eutróficos e pântanos abertos.
Nidifica na vegetação perto da água.
Alimenta-se de invertebrados e plantas aquáticas.
Faz uma postura entre Abril e Junho, com 6 a 11 ovos esverdeados.
A incubação tem a duração de 24 a 26 dias e as crias fazem o seu primeiro voo às 7-8 semanas.

(Fotografado em: 22.08.2011)
Espécie 167

Guarda-rios (Alcedo atthis)















Esta foto, para além de representar muitas horas de espera, muito trabalho de planeamento e estudo do comportamento da ave e muita ajuda de alguns amigos, marca o início mais a sério de uma actividade que tentará proporcionar a outros a possibilidade de observar e fotografar esta bela ave no seu habitat.
Brevemente Litoral Norte Birds apresentará propostas nesse sentido.

Maçarico-de-dorso-malhado; Maçarico-bastardo

Tringa glareola

Esta ave, Migradora de Passagem, pouco comum, nidifica na Escandinávia e inverna normalmente em África.
Normalmente surge sózinho ou em grupos reduzidos. Este indíviduo que tem sido observado sozinho no estuário do Cávado, tem estado por cá a alimentar-se para recuperar forças e continuar a sua longa viagem.
Faz uma cavidade no solo para nidificar e a postura feita entre Maio e Junho é de 4 ovos verde-claros com manchas castanhas.
A incubação tem a duração de 22 a 23 dias e as crias são activas.
Alimenta-se de moluscos, crustáceos e insectos.
A sua presença no estuário do Cávado é mais um dado a acrescentar à importância deste espaço para as aves migradoras, que se servem desta zona como área de serviço nas suas longas viagens.
Este indivíduo foi dado como primeiro a ser registado no distrito de Braga, enriquecendo assim a lista da avifauna deste distrito.

(Fotografado em: 11.08.2011)
Espécie 166

Frango-d'água

(Rallus aquaticus)
Apesar de o já ter fotografado noutra zona do PNLN, é a primeira vez que o fotográfo no Estuário do Cávado e num local onde não esperava, apesar de ter todas as características do seu habitat natural.
Esta ave com um comprimento que varia entre os 23 e os 27 cm, é muito esquivo e de difícil observação.
Normalmente esconde-se no meio dos caniçais ou juncais, locais onde se reproduz, e pode ser observado a correr nos lamaçais entre os juncais.
O ninho tem a forma de taça e é construido com juncos. A incubação tem a duração de 19 dias e as crias são activas e penugentas. O primeiro voo é feito entre as 7 e as 8 semanas.
Alimenta-se de pequenos anfíbios, vegetação e invertebrados. 

(Fotografado em: 04.08.2011)
Espécie 165

Tritão-de-patas-espalmadas

Lissotriton helveticus
 
Macho
Fêmea

Considerado o anfíbio mais raro do nosso país, este Tritão é também o mais pequeno de Portugal.
Vive em massas de água com pouca ou nenhuma corrente e muita vegetação. 
O facto de o macho exibir membranas interdigitais nas patas posteriores durante a sua fase aquática, deu-lhe o seu nome comum.
A sua actividade é predominantemente nocturna, apesar de na sua fase aquática que coincide com a época de reprodução. apresentar também actividade diurna.
(Fotografado em: 19.03.2011)
Espécie 164

Salamandra-de-costelas-salientes

Pleurodeles waltl

Com esta saída para o campo, conduzida pelo investigador Vasco Flores Cruz, confirmou-se a existência desta espécie no Parque Natural do Litoral Norte, que já anteriormente tinha sido referida pela investigadora Cátia Matos que havia descoberto larvas da espécie. Esta noite no campo para além de ter possibilitado a observação pela primeira vez de indivíduos adultos, permitiu o registo de 4 populações distintas ao longo do Parque. Estas fotos mostram um indivíduo fotografado em Fão e outro em Belinho, os locais mais a norte do país na sua distribuição geográfica.
Estes registos confirmam que a sua distribuição 
Esta é salamandra é o maior urodelo (anfíbio com cauda) da Península Ibérica, podendo ultrapassar os 30 cm.
O seu nome advém do facto de que quando é ameaçada faz sobressair as suas costelas, perfurando a pele, tentando cravá-las no seu agressor.
De actividade preferencialmente aquática e nocturna, alimenta-se de invertebrados aquáticos e terrestres, tritões e larvas de anfíbios.
Apesar de no norte, nos meses mais frios, poder cessar a sua actividade, nas regiões de clima mais ameno a sua actividade pode manter-se ao longo de todo o ano.

(Fotografado em: 19.03.2011)
Espécie 163

Escrevedeira-dos-caniços

Emberiza schoeniclus




















Mais uma foto menos conseguida, mas trata-se do registo de mais uma espécie neste blog.
Com uma população Residente e Invernante, esta ave está bem distribuída na Europa meridional e Ocidental.
Reproduz-se em caniçais e juncais, e arbustos em zonas húmidas.
Faz o ninho em forma de taça no solo ou próximo do solo.
Faz 2 ou 3 posturas entre Abril e Junho, com 4 a 5 ovos. A incubação tem a duração de 12 a 14 vezes. As crias são indefesas e penugentas e fazem o seu primeiro voo entre os primeiros 10 a 13 dias de vida.
Alimenta-se de sementes.
(Fotografado em: 27.12.2011)
(Localização: 42°30'15.39"N - 9°46'6.34"O).87"O)
Espécie 162

Merganso-grande

Mergus merganser














Apesar de ser uma má foto não posso deixar de assinalar aqui esta espécie que é muito rara na Península Ibérica. Têm sido avistados ultimamente aqui no estuário do Cávado mas infelizmente não consegui ainda uma foto melhor.
Esta ave que pode chegar aos 68 cm de comprimento e aos 94 cm de envergadura, reproduz-se na Islândia, Grã-Bretanha e Escandinávia.
Faz o seu ninho numa depressão no meio de rochas ou de raízes de árvores.
Entre Maio e Junho faz uma postura de 7 a 12 ovos, com incubação de 29 a 35 dias. As crias, activas, fazem o seu primeiro voo perto dos 60 dias de vida.
Alimenta-se de peixe fazendo mergulhos para efectuar as capturas.
(Fotografado em: 15.01.2011)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 161

Sapo-corredor

Bufo calamita



























É um sapo robusto que mede 60 a 70 mm de comprimento, podendo a fêmea atingir os 90 mm.
Ao contrário dos outros sapos e rãs, o Sapo-corredor desloca-se fazendo pequenas corridas e não saltando (primeira foto).
Tem hábitos nocturnos apesar de na altura da reprodução poder apresentar alguma actividade crepuscular e até diurna.
Reproduz-se entre o Inverno e o final da Primavera estando muito dependente da ocorrência de precipitação.
Ambos os sexos procuram o mesmo charco todos os anos para se reproduzirem, apesar do macho, numa tentativa de atingir maior sucesso reprodutivo, possam recorrer a locais diferentes,
As fêmeas depositam um um elevado número de ovos (cerca de 4000), distribuídos num cordão gelatinoso.
Este sapo tem uma longevidade, no seu ambiente natural, que pode atingir os 5 anos. Em cativeiro pode atingir os 20 anos.
Alimenta-se sobretudo de moscas, minhocas, larvas de insectos e escaravelhos.
Algumas cobras, alguns mamíferos, os mochos e as corujas, são os seu principais predadores.
(Fotografado em: 21.11.2010)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 160

Mainato-ribeirinho

Acridotheres ginginianus















Esta é mais uma das 62 aves exóticas presentes em Portugal, introduzidas de forma voluntária ou não.
Neste caso particular, fotografado em Fão, trata-se do primeiro registo feito em Portugal desta espécie. Este facto deixava-me muito feliz se não se tratasse de uma exótica, sendo assim fico só "satisfeito" por dar a conhecer mais uma invasora.
É originária da Índia mas sabe-se que já invadiu outros países.
Não deixa de ser uma ave muito bonita e que pelo que observei se alimenta principalmente de insectos,pois passa a maior parte do dia em cima do gado caçando as moscas. Os frutos e sementes também fazem parte da sua dieta, apesar de tal como os seus primos Mainato-comum e Mainato-de-crista (este último também já observado em Fão há uns anos) não ser muito exigente na alimentação, que também procura em lixeiras.
No campo é difícil distinguir o sexo dos indivíduos.
Não vou considerar esta uma nova espécie no Estuário do Cávado pelas razões que apontei.
Fica o registo da sua presença e o facto de ser o primeiro em Portugal.
O nome comum, Mainato-ribeirinho, foi traduzido do Francês e do Castelhano, pois não havia registo desta espécie em Portugal. De qualquer forma, pelo que investiguei, é uma espécie que tem como habitat preferencial as zonas ribeirinhas.
Agradeço ao Rafael Matias, biólogo e co-autor do livro recentemente lançado, "Aves de Portugal, ornitologia do território nacional", da Assírio & Alvim, já considerada a bíblia da ornitologia de Portugal.

Petinha-marítima - Rock pipit

Anthus petrosus














Esta ave é uma raridade no nosso País.
Depois de a fotografar percebi que não era a comum, no nosso território, Petinha-dos-prados (Anthus pratensis). A dificuldade na identificação (confusão entre a Petinha-marítima e a Petinha-ribeirinha) fez com que consultasse os melhores especialistas portugueses nesta matéria e a opinião geral é a confirmação de que se trata de uma Petinha-marítima da subespécie escandinava ( Anthus petrosus littoralis).
Esta subespécie migra da Escandinávia para as praias do Mar do Norte e  costas Atlânticas até Gibraltar.
Faz o ninho em forma de taça no solo em costas rochosas e ilhas.
Faz uma a duas posturas por ano, entre Abril e Junho, com 4 a 6 ovos cinzentos com pintas castanhas, e a incubação tem a duração de 14 dias.
As crias são indefesas e penugentas e fazem o o primeiro voo aos 16 dias de vida.
Alimenta-se de insectos.
(Fotografado em: 28.10.2010)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 159

Mais uma manhã no abrigo...

Esta manhã foi o momento para estrear as obras de melhoramento do nosso abrigo! Agora, com uma janela em vidro que nos dá uma panorâmica magnífica sobre o rio, é mais fácil detectar a passagem das aves sobretudo quando passam em voo.
E nada como a já famosa Águia-pesqueira a caçar na nossa frente para percebermos como foi útil esta inovação.
Para além da Águia tivemos a sorte de fotografar, bem na frente do abrigo, o difícil Mergulhão-pequeno (Tachybaptus ruficollis). Quem conhece esta espécie sabe bem como é difícil fotografar a pouca distância, pois são extremamente desconfiados. O silêncio e a imobilidade das teleobjectivas no abrigo, são fundamentais.
Ficam os registos desta manhã.

Águia-pesqueira (Pandion haliaetus)















Mergulhão-pequeno (Tachybaptus ruficollis)

Mais umas horas no abrigo...

Como não tenho fotografado novas espécies e para que o blog não esteja parado, mostro algumas fotos feitas nesta tarde no já famoso abrigo.

Galeirão (Fulicra atra)












Guarda-rios (Aldeco atthis)












Garça-real (Ardea cinerea)




Colhereiro - Spoonbill

 Platalea leucorodia














Apesar de muito afastado, não quis deixar de publicar mais esta espécie.
O Colhereiro, é uma ave grande, tipo garça, com 75 a 80 cm de comprimento e 120 a 135 cm de envergadura.
Segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, esta ave estival nidificante e invernante, tem o estatuto de conservação de Vulnerável na população nidificante e de Quase Ameaçado na população invernante.
As suas populações estendem-se desde a Europa à China, Índia, Mar Vermelho e Norte de África.
reproduz-se em colónias em grandes e pantanosos caniçais. Nidifica em árvores e caniçais, construindo uma plataforma com caniços e ramos.
Faz uma postura entre Abril e Maio, com 4 ovos e a incubação tem a duração de 21 dias. As crias são indefesas e penugentas e fazem o seu primeiro voo às 7 semanas.
Necessita de áreas de águas livres, pouco profundas e abrigadas e lagoas salgadas, para buscar o seu alimento que se baseia nos moluscos, crustáceos e pequenos peixes.

(Fotografado em: 18.10.2010)
(Localização: 41°31'15.90"N - 8°46'58.87"O)

Espécie 158
LC

Águia-pesqueira (Pandion haliaetu)

Com uma máquina emprestada e uma lente que não tem a distância focal desejada, tive hoje a oportunidade de registar (não digo fotografar) uma cena que muitos pensam só poder ser vista num qualquer documentário sobre vida selvagem.
Uma cena de caça de uma Águia-pesqueira...
Apesar das limitações da distância, da pouca dis...tância focal da lente que usei, do mau e escuro tempo, acho que vale a pena mostrar aqui esta cena. As fotos não têm qualquer qualidade, mas o momento é fantástico.
Vale a pena, digo-o a quem não "perde tempo" com estas coisas, que momentos destes ou parecidos, não são tão difíceis de observar, tem é que se deixar o sofá...